quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Como seria o mar sem os peixes?

Uma vez que apaixonado o mar atravessou o céu atrás dela.
Certo dia que virou a lua do avesso e moveu montanhas de ilhéus para achar um adeus.

Como sempre pela manhã, antes de vir beijar a ciclovia e lamber os pés que ali pisavam.
Um mês de vulcão, noutro vem à imensidão, ora que quê há com o mar? O danado foi cismar de amar, e se afogou em seu próprio amor.

Como pode um mar nadar em desilusão e fingir ser navio e afundar virar monumento na profundeza do “mar” que é de seu próprio defeito de amar.

Ora mar bobo, te encanta por uma ostra, uma baleia, ou quem sabe por uma linda sereia, mas não te encanta com a menina que se banha sempre ao luar.

Veja bem senhor mar, não quer uma estrela do céu? Um grão de área colorida? Ou quem sabe um peixinho a beira mar? Te dou uma conchinha acariciada e tocada pelas mãos da menina que uma vez se banhou e fez apaixonar toda essa imensidão de (a)mar.

domingo, 16 de outubro de 2011

No meio da chuva de repente eu me encontrei.

Eu não sabia o quanto eu gostava da chuva, até hoje.
Ela cai tão de leve do céu, molha aos pouco meu rosto
E a brisa que bate me arrepia até a alma, o frio que me,
Causa não é à toa, sentir o frio me da uma sensação boa.
São 6 horas e pouca de um domingo chuvoso e olha meu Deus
Eu ainda sou capaz de sentir, mesmo sendo frio eu sinto algo,
Mesmo sendo a chuva que me lava a alma eu sinto.

O sinal está aberto você pode seguir na vida, mas eu queria mesmo
que ele estivesse fechado, queria continuar ali, parada na chuva sentindo arrepio, sentindo a pressa escorrer pelo meu corpo direto pra vala. Os meus pensamentos estavam tão embaralhados quanto às pessoas que correm da chuva em busca de lugar para se abrigar, e eu continuava na chuva a espera de algo.

Eu sorria enquanto esperava o ônibus de volta pra casa, eu sorria pra chuva e pros tolos que fogem dela, sentir o cansaço escorrer pelas minhas mãos, e saber que não vou mais sangrar, porque a chuva me curava, me curou, me adiantou a vida, a corrida, a subida.
Sentir o vento, respirar fundo empurrando pro estomago todo ódio que eu tinha na garganta, subir os degraus do ônibus desejando continua ali parada, servindo de companhia pra chuva, a esperança agora era a de ir pro ponto final daquele 794, e esperar o resto das dores evaporarem junto das gotas que ainda estavam sobre meu corpo, desci bem antes, mas não faz mal, ali naquele ônibus junto de pessoas estranhas, deixei minhas humildes dores e um resto de chuva, ali junto daquele motorista que agora é encarregado de levar para longe qualquer vestígio de minha dor. 
De palavras tão duras
Me fez só, em meio a tantos
Me fez pensar e desatar o choro
Me vi na chuva
E a luz apagou aos poucos
Perdi a visão.
Será que morri?
Só há sons, ruídos
Acho que fui
Um dia eu volto
Pra você nos teus sonhos
Eu sempre volto! 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

E dizia todo dia, não se mete na confusão menina, fica longe do Amador, protege teu coração, cuida de não deixar apagar teu calor. Orienta-te menina, corre na direção sul, que Amador gosta é do calor. Vai cuidar de se amar primeiro, que Amador gosta é da dor, da dor que ele causa quando a única a amar é você. Amador. Ama dor. Mete de uma vez na tua cabeça menina, e vai tratar de cuidar das cores, que é pra não apagar a tua vida. Ama dor é coisa de Amador. Coisa de homem sofredor. 
Li em muitos lugares, ouvi as pessoas que conversavam no trem dizendo, ouvi o senhor da padaria. "Amanhã é dia de se reinventar, dia de viver de novo, dia de fazer algo por você". Será tão fácil quanto ouço? Quanto leio? Pois bem, não me parece. A vida voa leve, passa mais rápido que fim de semana a gente de tão boba nem percebe. Um dia você ocupa o topo, amanha pode cair, a vida não poupa ninguém. Um dia se tem, no outro se perde quem deveria ser para sempre, a vida não mima ninguém. Minha dor não cabe nessas linhas mal traçadas, não cabe em texto algum e olhos de gente também não entenderiam. Um dia perto da morte, no outro sangro e percebo que ainda há vida. Porque meu coração parou de bater, se ainda respiro e ando feito bicho humano? Esqueço-me que no livro da vida as respostas não ocupam a ultima folha. Pois bem, ando em algumas ruas a procura da minha vida, a procura de algo. Sim, hoje eu tenho dor pulsando aqui dentro, amanha é dia de se reinventar, quem sabe faço algo por mim, hoje não, hoje só quero dormi mais cedo, abraça forte o travesseiro e chorar, chorar até secar qualquer coisa que supostamente eu tenha dentro de mim.

Todo mês tem seu fim, sempre se deixa a solidão do inverno para se iniciar a alegria da primavera, Toda dor cabe em um mês, pode se estender como o inverno mais também tem seu fim, alegria de primavera não.

Texto antigo, hoje to até mais tranquila...  

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O céu estava bem azul, sem nenhuma nuvem apesar de ser uma tarde de inverno, Ana não prestava atenção nas horas, nem via que aos poucos o dia ia virando noite, o vento soprava no seu rosto brincava de embola os seus cabelos, que levemente voava junto das folhas que ali foram deixadas pela época de outono. Ana se distraia com a ciranda das meninas, com o voar bem alto das pipas dos garotos e com os beijos dos apaixonados. Ela caminhava livremente, brincava de realizar sonhos, ela dançava desajeitadamente, flutuava como as folhas e encantava os meus olhos. Ana é menina de poucas palavras, de muitos sonhos e de uma curiosa arte. Ela rabiscava com um graveto o chão de terra, rabiscava os sonhos do mundo, a felicidade das crianças e os risos da gente. Ana é inteligente, doce, moleca, corre pelo mundo e só deixa pistas por onde quer, é compositora e escreve nas estrelinhas da sua vida. Ana é simples de nome simples. Ana é menina encantada que dorme em mim, Ana é menina acuada que vive ai. Ana é a menina perdida de toda menina que troca a pintura de quadros pela pintura de lábios. Descansa Ana, mas não dorme pra sempre, acorda Ana, minha menina, por favor, acorda. 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eu sou tempestade em copo d’água menina, será que você não vê?
Te aconselho que fujas enquanto não transbordo, porque se lhe toca meu choro, te prendo em meus braços e não deixo escapatória, será eu você, no meio dessa louca tempestade de sentimentos turbulento.


Na verdade só queria que ficasse por mais tempo, porque com você eu encaro, agora sem você meu amor, a coisa fica realmente feia..  
Silêncio – Todo dia o mesmo silêncio e uma voz rouca que grita por ajuda, aqui, bem aqui dentro de mim. A cabeça ta vazia, a alma pequena, ou seria ao contrário? Alma que anda por ai sem rumo, sem nada vazia, oca desgraçada, cabeça sem inteligência, sem expectativa, pequena, oca, desgraçada. 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pássaro de gaiola não canta, grita por liberdade e ninguém percebe.


Eu fui pássaro em algumas noites, voei, sonhei, cantei na tua janela te fiz feliz, encantei teus olhos, você quis voar comigo, mas era pequena para vôos longos. Fui só, alto voei.

Eu fui pássaro sem casa em tempos atrás, parava em qualquer praça, pousava em uma arvore, cantava, iluminando o dia dos velhinhos que ali sempre jogavam seu baralho.

Eu fui pássaro pela manhã, apaixonando a menina solitária, que sempre antes de ir para seu trabalho fingia que me namorava, me dava um agrado e logo sem pressa eu voava.

Eu fui pássaro a meia noite, voando perdido em busca de lar, voando baixinho em busca de ar, querendo o mais alto e gritando por paz.

Eu fui pássaro livre de montanha, sem ouvir o toque de recolher as 03:00 de uma madrugada estrelada, fui presa fácil, presa boba, de tão boba fui e não voltei.

Hoje sou pássaro na prisão, jogado nos cantos sem nenhuma aptidão, sou pássaro sem canto, sem arvores para pousar, velhinhos para encantar, menina para namorar, pássaro mudo, só possuo um grito, um berro de liberdade, aos ouvidos dos tolos um lindo cantar, ao pranto da menina pela manhã, uma pena não me poder ver mais voar.

Eu fui pássaro ontem à tarde, fui pássaro hoje pela manhã, fui pássaro gritando por liberdade, agora sou pássaro de...

Pudera eu desatar as gaiolas, liberta os pássaros lhe entregar o ar me apaixonar ao vê-los cantar. Pudera eu prender os humanos que tão pouco sabem que de forma injusta agem, que em tanto tempo não aprenderam que lugar de pássaro é no ar, no alto, voando longe da poluição humana.

Ah se eu pudesse ser pássaro...
Voava para sempre, e voltava não! 

Chuva

De pingos gelados, que alerta meu corpo e arrepia minha alma.
De escorre pelo canto, limpando calçadas imundas e aliviando corações inflamados.
Que cai lentamente entrando pela janela do meu quarto que por descuido ficou aberta.
Que cai de pressa trazendo o vento para destruir o corpo e matéria dos desumanos.
De encher rios inundar vilas e fazer transbordar corações apaixonados.
De deixar poças de lama, que em breve virará piscina para crianças.
Que leve passa, embora sua marca sempre á de deixar, para um lamento ou celebrar.
Que cai serena na noite mais fria, congelando almas de quem tem o céu como teto.
De fazer no peito de um homem aconchegar a cabeça de uma menina, que ali protegida sonha, enquanto na TV o filme passa.
De no céu deixar o cinza, escondendo as estrelas, me proibindo de namorar a lua.
Que forte cai, batendo no meu rosto se fundindo com minhas lagrimas, que agora já nem sei o que é chuva o que é meu pranto.


Chuva lava minha alma. Vento seca meu pranto. 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Tarde de uma quarta feira cinzenta, de pensamentos escuros, vida tardia. A menos. Dizia a cançãoLet it be” e eu ouvia como um mantra. Deixa estar menina, deixa estar. Habitei alguns lugares desconhecido algumas vezes, me perdi, me achei, tornei a perde, to a espera. Caminhei hoje por ruas estranhas, senhores sorriam para mim, sorriam dizendo bom dia, e eu não queria entender o que há de bom. De baixo de uma arvore seca, sem fruto, me sentei, deixei meu corpo ali enquanto meu pensamento ia voar por outros cantos. Lembrei de uma menina que conheci há uns dez anos atrás, lembrei de seu sorriso sincero, de sua simplicidade, da forma alegre que levava sua vida mesmo em meio a tempestades, lembrei de sua voz doce da falta de vergonha que tinha, de como ela deixava exposta sua opinião, do seu olhar encantador, da forte marca que deixava por onde passava, lembrei que ela sempre me dizia, olhava no espelho e repetia, “que haja alegria, que seja leve, que haja sorrisos, que tenhas amor, que saiba fazer sua sorte, que lhe ame antes de tudo, eu sempre vou estar com você menina boba”, ela sorria muito enquanto me dizia essas coisas, sorria e sempre corria pro quintal dos fundos, gostava de dançar em meio ao vento junto das folhas. Por onde anda essa menina meu deus? Por que fui me perde dela? Por que fui me perde de mim? Deixa estar menina. Lembrei de um tempo em que sorriso era coisa fácil. Decidi, vou à busca da menina, lhe pedir que me repita suas palavras, te deixo dançar com as folhas, livre no vento, no meio do parque, sento no banco e vejo, sem mais. Vou a sua procura. A minha procura. A procura de nós. Sentia, eu sabia, haverá vida, haverá magia, haverá alegria, haverá algo novo, basta nós encontramos menina. Parte de dentro, de um lado claro, sem porta de entrada, só uma brecha, só uma saída. Vem me buscar, me salvar desse lado escuro, aqui tenho monstros como vizinhos, monstros que crie em dias de chuvas. Deixa estar menina, deixa estar. Afunda no mar aberto, e vejo coisas sobrevoarem. Tinha pressa, e uma vida menina. Supostamente. Vem vindo pelo caminho de Leste que daqui do Oeste vou indo ao teu encontro, nos cruzaremos ao meio da vida, na hora certa, no momento exato. Tenho pressa de vida, de alegria, mas terei calma ao esperar por você. Sem listinha de fim de ano, só a certeza de que algo vai mudar. Agosto mês tempestivos para muitos. Há de mudar com a chegada da menina. Sem promessa mal cumprida. Ouvia pássaros na janela do quarto, cantavam, sussurravam a sua chegada. “Let it be”. Como dizia mesmo? Eu sempre vou estar com você. Deixa estar acalma o sopro do coração, escuta a canção e deixa passar. 

domingo, 2 de outubro de 2011


Tu és minha passarinha, livres a voar por ai
Tu tens meu acalanto, e te dou meu amor.
Livre para amar, voa querida,
Voa e te encanta com as profundezas do mar,
Te afoga no céu, namora ao luar.
Tu és minha passarinha, te abrigo em uma gaiola
Te mimo, te cuido, mas a porta fica aberta para que tu possas voar bem alto.
Se for o caso de ir, que vá querida, que vá e seja feliz,
Voe sobre a maré, namore quanto puder te encanta,
E canta ao ouvido de tua amada.
Deixo-te livre minha passarinha, livre porque não te obtenho,
Te deixo voar em outros céus.
Um dia passarinha se de tua gaiola sentir falta, volte,
Voe de pressa e volte teus mimos eu guardo aqui, voe,
E se voltar para mim saberá que passarinha de minha casa sempre foi. 

Você me bebia em três doses como se eu fosse o seu antídoto. Eu era a tua salvação me tomava em beijos, me tocava me tinha me desejava. Eu tirava a tua dor supria o teu vazio, eu era o teu remédio secreto, me tomava de uma vez só sem nem ligar para minha acides para todo aquele amargo que ficava no final de cada gole de mim. Eu era o teu comprimido diluindo toda a tua dor de existir. Bebe mais de mim, me derrama sobre teu corpo e me lambe, se afoga em desejo por mim. Você me bebia vivia de mim sem saber que o doce do inicio era o veneno que te mataria no final. Pode me beber, mas só se for a doses grandes.  
De dia Ana menina
De noite Valquíria mulher
De dia brinca e pinta
De noite andas por onde quer
De dia sonha e encanta
De noite bebe e apronta
De dia menina bonita
De noite mulher fascinante
De dia corre descalça
De noite anda em bares
De dia leva bronca
De noite leva pra cama
De dia dorme e sonha
De noite desperta e some
De dia brincadeira inocente
De noite brincadeira indecente
De dia menina, de noite mulher.
Ana minha menina
Valquíria minha mulher.

E eu, quem sou?