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quarta-feira, 28 de março de 2012

Breve acaso.

Um gole de cerveja.
Uma caminhada no parque.
Anda. Ana de um lado, Marina de outro.

Vira esquinas, frequenta novos bares.
Se enfia no corpo de outro.
Vira páginas, frequenta o mesmo café de sempre. 
Se enfia nos lençóis na noite que é fria.

Gole de vinho. Gole de amor. 
Um punhado de vida. Um sopro de dor. 

Dobra a rua, pega o ônibus errado.
Falta a missa, atravessa olhando pro alto.
Esbarra. Encara. Encanta. Enfim. Te apaixona. 

Ana de poucos acasos. Marina...

Um gole no bar. Um salto no ar.
Uma noite de aquarela. Uma pitada de sal. 
No quarto doce que é dela.

sábado, 28 de janeiro de 2012


Viver me cansa a alma
Minha fala trava, meu olhar desata
Minha perna bambeia, tropeço na sorte caio a esquerda.
Minha alma anda cansada de viver,
Em um corpo morto, de respirar esse desgosto
Me de um beijo de boa noite vou dormi
E deixar minha alma ir por ai andar em paz. 

Felicidade Clandestina

Três corações inflamados, uma euforia fora de época
Quatro lugares na mesa, de uma mesma desocupada
Cadeiras ecoam o vento e o verbo de uma saudade
Uma cama de casal, um só corpo chora ali, solitário
Na noite mais fria.

Céu chora com vento
Amanha de manha, me trás alegria?

Uma televisão a cores, 
Que reflete uma vida preta e branca
Um feijão temperado com amores
Parece não encher barriga de quem te engana
Um quintal vazio, repleto de esperança
Que um dia já foi ocupado pelo mais lindo riso de criança

Parede construída a mão, com tijolo achado no chão
Hoje segura à rede que balança desilusão
Carnaval fora de época, felicidade atrasada
Canção mal tocada à noite na viola desafinada
Adeus não dito, beijos não dados, sai pela porta, me volta na madrugada

Quatro almas, um lugar cinza
Na parede do quarto tento encantar a vida
Dezoito casas completas um floco de alegria
Quisera eu pudesse salvar vidas fazendo poesia. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Como seria o mar sem os peixes?

Uma vez que apaixonado o mar atravessou o céu atrás dela.
Certo dia que virou a lua do avesso e moveu montanhas de ilhéus para achar um adeus.

Como sempre pela manhã, antes de vir beijar a ciclovia e lamber os pés que ali pisavam.
Um mês de vulcão, noutro vem à imensidão, ora que quê há com o mar? O danado foi cismar de amar, e se afogou em seu próprio amor.

Como pode um mar nadar em desilusão e fingir ser navio e afundar virar monumento na profundeza do “mar” que é de seu próprio defeito de amar.

Ora mar bobo, te encanta por uma ostra, uma baleia, ou quem sabe por uma linda sereia, mas não te encanta com a menina que se banha sempre ao luar.

Veja bem senhor mar, não quer uma estrela do céu? Um grão de área colorida? Ou quem sabe um peixinho a beira mar? Te dou uma conchinha acariciada e tocada pelas mãos da menina que uma vez se banhou e fez apaixonar toda essa imensidão de (a)mar.