sábado, 28 de janeiro de 2012


Viver me cansa a alma
Minha fala trava, meu olhar desata
Minha perna bambeia, tropeço na sorte caio a esquerda.
Minha alma anda cansada de viver,
Em um corpo morto, de respirar esse desgosto
Me de um beijo de boa noite vou dormi
E deixar minha alma ir por ai andar em paz. 

Felicidade Clandestina

Três corações inflamados, uma euforia fora de época
Quatro lugares na mesa, de uma mesma desocupada
Cadeiras ecoam o vento e o verbo de uma saudade
Uma cama de casal, um só corpo chora ali, solitário
Na noite mais fria.

Céu chora com vento
Amanha de manha, me trás alegria?

Uma televisão a cores, 
Que reflete uma vida preta e branca
Um feijão temperado com amores
Parece não encher barriga de quem te engana
Um quintal vazio, repleto de esperança
Que um dia já foi ocupado pelo mais lindo riso de criança

Parede construída a mão, com tijolo achado no chão
Hoje segura à rede que balança desilusão
Carnaval fora de época, felicidade atrasada
Canção mal tocada à noite na viola desafinada
Adeus não dito, beijos não dados, sai pela porta, me volta na madrugada

Quatro almas, um lugar cinza
Na parede do quarto tento encantar a vida
Dezoito casas completas um floco de alegria
Quisera eu pudesse salvar vidas fazendo poesia. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Chove lá fora e a bossa 
Inflama meu coração 
De saudades..

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Mudar. Remudar. Amadura.
Os livros são feitos de historias reais, na última pagina vem contando a fabula de um sonho desconhecido. Será que alguma coisa nisso tudo faz sentido? A minha historia não é real, nem tampouco falsa, ha de ficar sobre a dúvida do teu olhar, nem perca seu tempo a pensar. Vai lá, da uma checada na ultima pagina. O efeito de realidade é pura ilusão, escrevo sobre o efeito do álcool e se torna tudo contradição. Ou não. Me busca na mesma direção, que a tempos ando na contramão e de pouco em pouco fui me perdendo do teu coração. Que livro é esse que tu andas lendo? Em que banco de praça você anda repousando o nosso amor? Em que esquina deserta eu estacionei a minha vida? O mundo já não gira mais em torno do sol, mas a é essa altura quem é que ainda olha pro sol? A visão se funde com o reflexo do passado, atravessa a rua anda do outro lado. Vem à tarde me dizer aquele bando de clichê, que já não a tempo a perde, o sol ta lá girando fazendo seu trabalho e você aqui parado deixando tudo de lado...

Os livros não vão contar o final da minha historia. A minha historia é hoje, ela é nunca mais. A minha historia aconteceu a pouco, ela acaba para sempre, ela se refaz. A minha historia acontece lá fora, ela voa alto se faz de pássaro vai embora e não volta. A minha historia é arte, é frase boba escrita em papel de pão, é verso é prosa no portão, é musica desafinada no meu velho violão, é sorriso matinal. A minha historia é escrita modificada, é metamorfose é tradução, é melodia pra surdo é poesia que encanta a visão. A minha breve longa linda historia de casos e acasos de tantas outras historias, de tantas datas longas, de tantos medos bobos...

O livro de uma vida sem perdão, que não cabe mais em mim e transborda a cada parágrafo. O sonho de uma vida, o livro de uma escrita o refrão sem canção faz pausa no meu coração. A data marcada pro fim de cada historia, e o meu livro continua a rolar por baixo do meu colchão, tira a poeira, sacode a vida e termina a breve historia que enquanto isso eu pego a viola sento em frente às horas e canto mais uma linda canção... 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Me explicar nunca foi o meu forte, larguei a analise muito antes de começar, porque não aguentava ter que falar a minha vida, a minha confusão, as minhas neuras, para uma estranha, seja ela com diploma na parede ou não. O fato é que guardei tanta dor, medo pra mim mesma, que o peso do meu próprio mundo hoje já ta me levando pro chão. Mas eu não posso continuar assim. Me diz você que tanto escreve sobre o amor, ele é tão simples assim? Na minha cabeça congestionada e no meu coração entupido de fumaça alheia é tudo tão azul que voa leve feito balão de gás que por descuido voou da mão de uma criança no parque, é confuso e ao mesmo tempo sereno, um pouco frio pra no próximo estante se encontrar completamente quente, é ter raiva por vaidade e amor, que é pura raridade. É irritar pra ver braba, e acariciar pra ver sorrir boba e apaixonada, é dividir um banco no ônibus e ficar bem juntinhas, como se não fosse assim que se queria estar, é correr pelo gramando do parque feito duas crianças, é um "eu te amo" no momento menos esperado. Me diz você moça, que a vida transformou em amor, que a escrita multiplicou com sabor, que os ares fez nascer em presente, que a muito só tenta se manter contente. É simples feito bolha de sabão? É bonito feito céu estrelado? É acalmar feito maracujina? É encantado feito a historia do meu último livro? Me diz moça, amor não deveria ser apenas amor, sentir e apenas retribuir, encantar e apenas aceitar, amar e amar como se... Veja bem, entregar meu coração já não seria tamanha loucura, mas creio eu que loucura maior seria renunciar a essa paixão. Então me diz moça, do teu jeito mais simples e belo, me diz que não é loucura amar a quem amo, me diz que loucura seria deixar escapar esse encanto que ela me passa, me diz certo, mesmo que do teu jeito errado. 

domingo, 8 de janeiro de 2012

❝Um coração como poucos. Um coração à moda antiga.




— (Clarice Lispector)