sábado, 21 de abril de 2012

Os corredores apagados, luzes queimadas, fumaça ao fundo. Vago. Pago. Não tem teu olhar!
Cento e sei lá quantos, sabe lá quantas garrafas de vodka. E que se foda. E se fode toda!
E fuma, três, cinco. E tudo se atira na merda, na lama, na vaga e pequena cama que antes era de se amar.
Tem chuva na mesa de jantar, tinha teto, tem teto ao chão, tem imensidão, e tem o meu breve chorar.
Palavras pequenas, "tens razão, me desculpa?" Então fode a minha alma, enquanto no sereno te enfia no corpo de uma vadia qualquer. E se mata, e se lambe, cospe teu veneno no seio farto dessa mulher, porque o que eu carrego é pouco pro teu ego.
E se lamenta, e não pede clemencia aos meus beijos, e sai, sai por qualquer canto...
Dessa vez o barco afunda no meio dessa enchente de boeiro, e os amores de merda caem, invadem a minha casa. E você ainda bebe e chora como uma vitima, teu olhar me engana, tua fala mansa me desmancha. Mas a minha arma está armada desde as cinco horas amor. Entra com a sola do sapato suja, esse resto de sexo que isala no teu corpo, as migalhas, o perfume adocicado da mulher de seios fartos.
Sem desculpas, sem gole, sem merda nenhuma na minha cama. Só um singelo adeus!
Adeus! Adeus! Adeus!

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